21 de set. de 2010

Daqui de dentro, faz tempo

Fazer-me clara e objetiva em execícios diários como ordem unida. Marchar pela vida endireitando a vontade explícita e descarada de ser uma pervertida.
Minha consciência é uma âncora que prende o ego ao chão. Sem mais meios para fugir, o drama não mais pode sair de meus dedos para essa página, nem na fumaça dos cigarros que parei de tragar, tampouco ser aliviado por uns traguinhos casuais em algum botequim.
Na escola da vida dura (onde meu prezado Robert Crumb tentou estudar). Gente que chamei de babacas são hoje meus colegas. E não são babacas, são só gente. Eles comem bombons, gostam de rock e também têm tatuagens de ideogramas chineses sem serem chineses.

Estanquei a verborragia gratuita e os esboços de contos sobre gente que não conheço e invento em situações de auto-projeção.
Parei de fazer análise pois achei que sabia tanto sobre mim que virei objeto de entojo. Mal posso mais ouvir a minha voz a falar aleatoriedades porque me soa enjoativa e pausada demais. Sou uma reclamadora compulsiva de mim mesma.

Li num cartaz uma dia: "observar é absorver". Bonito. Agora eu olho, gosto, não gosto, comento. Vou a crítica para avaliar como posso melhorar, sabendo onde haverá a decepção amiga de sempre. O mundo é decepção, com algumas surpresas, se eu me mexer.

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