Que vida crua que anda na rua de dia
Nos pontos de esquina, tamanha tortura
As marcas brancas no preto não dizem por onde andar
Dizem somente à pressa para parar
Todo dia em que ela se vestia
Era mais um quadrado riscado na correria
Era mais um dia em que ela varria
E suspirava entre uma poeira e outra
“Ó Virgem Maria”
De tanto ouvir o lamento, a virgem não descansava
Queria descer e lustrar a prataria
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